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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Preventivas

Manter a frota em bom estado aumenta a vida do veículo e gera economia para as empresas.

Garantia de bons negócios

por SANDRA CARVALHO


Veículo parado é sinônimo de prejuízo. Por isso, estar em dia com a manutenção da frota é uma garantia de segurança e economia na atividade de qualquer tipo de transportadora.

Vida útil maior, melhor desempenho do caminhão, do ônibus ou do táxi são algumas das vantagens em manter os veículos em bom estado. Para as grandes empresas de transporte, ter o próprio setor de manutenção, ainda que seja para fazer apenas reparos básicos e preventivos na parte mecânica, vale a pena. A aposta em manter a frota nova também tem sido uma boa alternativa para obter a garantia de serviços das concessionárias e fabricantes.

Na transportadora DM, por exemplo, a demanda pela manutenção é alta, pois são 252 caminhões próprios. A empresa possui uma oficina central em Eldorado do Sul (RS), com 27 profissionais trabalhando 24 horas por dia, além de vários pontos de apoio espalhados pelo país. São mecânicos em geral, eletricistas, geometristas, lanterneiros, chapeadores e especialistas em injeção eletrônica.


Nem cogitamos ficar com um caminhão parado. Os prejuízos são bem maiores do que o gasto com o conserto e a manutenção”, afirma o engenheiro mecânico José Leonardo Reichelt, gerente de manutenção da empresa.

A DM realiza no setor treinamentos para que os motoristas possam dirigir de forma correta e segura e obter um melhor desempenho do caminhão. “O motorista pode colaborar para que o caminhão fique impecável como pode destruí-lo. Por isso, cuidamos de quem cuida do nosso veículo.”


Embora possua uma frota nova, com idade média de dois anos e meio, a transportadora prefere manter o setor de manutenção a terceirizar os serviços, pois, segundo Reichelt, fica bem mais em conta, representando 17% dos custos da empresa. “A DM gasta em média R$ 0,11 por quilômetro rodado com manutenção. Esse valor seria bem mais alto se terceirizássemos”, diz. O gerente explica que a manutenção frequente – que é mais fácil ser feita dentro da empresa - reduz principalmente os gastos com combustível, que representam o maior custo para uma transportadora.

Na oficina da DM, são realizadas manutenções preventivas, preditivas (para detectar problemas e apontar soluções) e corretivas, conforme agendamentos programados e necessidades urgentes dos caminhões.

O engenheiro mecânico afirma que a busca pelas concessionárias ocorre apenas em caso de revisões preventivas e periódicas previstas na garantia do veículo, que é geralmente de um ano.

A terceirização também ocorre quando se trata de análises periódicas de diesel e de óleo lubrificante do motor. Para esse trabalho, a transportadora conta com laboratórios parceiros. Já os testes de emissão de poluentes, que também são feitos periodicamente, são realizados na oficina.

Já a transportadora Braspress prefere realizar o mínimo de reparos em suas oficinas de manutenção, mantendo o setor apenas para ações básicas. Com 800 caminhões próprios e outros 500 agregados, ou seja, caminhoneiros autônomos que trabalham como frilas fixos para a empresa, a Braspress aposta na frota nova e na garantia das concessionárias. “Como mantemos nossa frota com idade média de quatro anos, relativamente nova, temos garantia das concessionárias de até três. Por isso, não vale a pena resolver problemas mais complicados na empresa”, diz Lopes. Apesar de ter essa filosofia, a Braspress possui setor de manutenção em sua sede em São Paulo. O setor foi criado há seis anos, quando a empresa optou por ter mais caminhões próprios e menos veículos agregados. “Quando passamos a ter veículos próprios, houve a necessidade de investir nessa área para manter os caminhões sempre em bom estado”, afirma o diretor de operações da empresa. São 22 funcionários na área.



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